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terça-feira, 24 de março de 2009

Súplica II

Beija-me, Maquiavel. Quero teus carinhos falsos. Quero os ácaros de tuas peles. Morde-me, me tranca no porão, me chama de beldade eterna. Ópio inalo, queima-me cheiro de cocaína, peste. Quebra-me o espírito e manda para o infermo. Peste influenza, quero as tuas manchas nas minhas, infecção, loucura. No branco dos meus olhos injeta tua agulha infeccionada. Afeição, me toca suave, me beija me beija, diz que sou linda. Podridão, me toca suave, me beija me beija, diz isso cuspindo. Quero sexo, vadio e violento, em público, escândalo escroto eu quero gritar bêbada obscenidades na cara enrustida da alta sociedade. Dos meus pais e meus padrastos, professores, seguidores, amantes e antecessores. Quero o repúdio, a piedade, o escárnio e a compaixão falsa em um prato sujo ou uma quentinha amassada preu devorar como uma besta no embaixo sujo da mesa. Quero ser chutada. Ai Maquiavéu me ama me diz coisas bonitas embaixo das cobertas, me separa do resto, me toma de mim mesma.

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