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sábado, 10 de setembro de 2011

Revolta com as defesas emocionais dos outros

Ninguém mais é romantico com essa merda de não se abandonar completamente a nada inseguro.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pa- Pa- Palavr- mots.

Situação logro, do lobo da estepe, o morno que me embebe, sou o fauno da Antuérpia. Odalisca, opereta, minueto e Moriarty; as palavras nos cercam mas esquecemos da arte. Roraima em chamas e o teto da tenda, sob a lenda da trema e o uivo do chá. Novelo de lã contido em um grão, um infante babão que pusemos na neve-
Pros ursos e os faunos, e o sangue jorrar e o mundo girar mesmo assim. Opaca e indelével em Esperanto ou Romeno, sua língua me deve mil perdões. Oração pagã ressoou no peito e lembrou sujeito da fome umbilical, do seio ancestral, da caça genética e ele olhou para o copo de leite e o copo de leite se estilhaçou pelo chão. Somos feitos de neve, de água leve e flutuante que sobe ao céu e desce do céu e engasgamos na carcaça que no meio da auto-estrada, no meio das discussões políticas, no meio das ambições artísticas, no meio da valsa, no meio do filme, no meio do funeral se levanta. Zumbi do consumismo em massa, da cultura barata; falo da corrupção que nunca se exaure. Eles disseram poucas nuvens no noticiário, sem rituais ao deus SOL, sem oferecer os virgens. Eles dizem mãos aos pescoços nus, como fossem tabus da religião lacrada. Como podem dizer cuide de sua cidade quando a ciutadela se esvaneceu, debruçou sobre si mesma e se engoliu. Quando a comunhão permaneceu secreta, a família permaneceu bélica e ninguém vê ninguém morrer. Como queremos ser se negamos ser para sermos em outrora. Competimos com nossos irmãos pela aparência física dos falsos deuses, vestindo máscaras de cordeiro e pintando tudo quanto é orifício. Se ofuscamos o campo da visão com logotipos de supervisão. Se negamos o fecal sem mesmo admitir que é simultâneo ao cutâneo. Somos pernósticos renunciadores de nectar. Por isso mesmo a tarde vã nos envolve trôpegos, nos mantêm como entorpecentes. O olho da serpente é meu e o seu eu chamo de pistola, mas o meu, rodado em mil bitolas, já se derreteu como o argumento dos incipientes, como o discurso dos sans-culottes, como o lote de goiabas da feira de anteontem, carcomidas pelos embriões de larva e de minhocões.
As roupas flamejantes no varal, o dado de 7 faces, a criança no milharal e a condição humana que arde. Tentar impressionar no bar, o sigilo do sexo exposto. Tentar impressionar a mim, que há anos não me reconheço. Tentar saber quem é quem, em carne osso ou gesso. Imitação de um buraco negro, submetido à tara humana, no laboratório do insaciável e no erro de se achar profana. Os mundos anteriores a esse, se vissem, nos velariam. O polvo no espelho, invenção de Luis, o bálsamo negro da pestilenta raiz. Tudo no fim é oração. Que me salvem dessa maldição, condição humana, da máquina do pensamento, da paranóia e dos medicamentos, da auto-crítica e da opressão, da repressão e da ilusão. Que me queimem vivo antes de pedir meu número. Que me joguem aos lobos antes de me empurrar contratos. Que algum Deus ou alma caridosa me retire a máscara com uma bala de winchester, não me inebriem com as mentiras da festa, não me rotulizem com as roupas que vestem. Me dê a mão sobre as pontes que restam para retornarmos à Pangeia melados com a seiva de Gaya e drogados com nossa própria química, nascidos pelas nossas próprias mãos, rojas de barro, úmidas e amnióticas.
Imortalize-se agora ou espere que o satélite elétrico se transforme nos portões de Shangri-la.
Pa- pa- pa- petit morts.