Nada batia por dentro. O mundo deslizava ao meu redor ininteligivel, como letreiros neon na chuva, ignoravel como um quadro impressionista. Meus olhos janelas ao desespero e meus oculos uma cela de vidro impenetravel. Fingindo gloria como um bobo alegorico. Mal emitindo pulsos. Como a bateria fraca que retarda o brinquedo e se precisa bater para ver resposta. Como uma vida monstruosa em uma capsula impecavel. Frigido. Moribundo.
Nela havia amor como o oceano. E a marisia brincava nos cabelos dela de verao e fortaleza. Ela veio do inicio, despreocupada, colhendo as flores da vida eterna, como se nao houvesse maldade no mundo. Ela cantava cancoes de amor enquanto estudava e um dia acordaria para se descobrir revolucionaria. Atuante no movimento, indiferente a politica, ela desconhece o egoismo e nao sabe deixar de ajudar, deixar de alimentar a fogueira de vida humana no mundo.
Ela era completa como uma semente no solo fertil. E eu apenas um frag -mento.
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Era?
ResponderExcluirNão é mais por quê?
Germinou e virou flor?
exato! de vida absurda e cheia
ResponderExcluirCheia como a lua quando se enfeita pra noite. Como liberdade gorda, pingando do ceu.